Fonte dos que dormem
como se fosse uma centelha: } a Transparente
com som de Águas até o afogamento
e Asas cristalinas de Pudor
e O sangue
se desfazendo em lágrima a Gota
onde um relâmpago de patas mais selvagens
e a desabrochando: } a Constelação
suas figuras de Musgo suas serpentes de espinho
e O Jamais se acabar [ Suas Serpentes de Espinhos
de chegar
dAquele
que
Sempre passará
como o Cordão dO Tempo nos Teus Olhos }
Goya-Curau *
Como uma Construção erguida para baixo
rio em Silêncio, e serpentes: A Palavra
interminavel
mente
calada
mente de Aves Profundas
e um Carrilhão de Luz
soando na Penumbra dos Seus Olhos,
dAquilo que escurece
as manhãs de cinzas
as pedras dos dedos da Oração
quando o mais Alto se ergue
e depõe o Muro Branco das Idades
como Transparência
no deserto Inundado
dos Teus sonhos: Cílio
da Carne,
e Rumor de Bosque Escuro
Curva dos Lábios
que não dizem - Rio
lá, onde
a Água Escura de um Abismo
Aquele que teve os olhos Selados
já não aguarda a Aurora das Virtudes: o Guardião de Sombras
Aurora das virtudes
Quando a terra se abre aos nossos pés,
quando a terra se abriu aos nossos pés
e vindo a ausência da Ausente, veio a Ausência
do ausente
e A que devorávamos na Sombra estava atrasada, e vindo
a que esperávamos estava atrasada
Caminho lento
que a terra ainda não abrira aos nossos pés
ainda Tantas vezes O teu silêncio e a Pálpebra
que não quis nos ver
Tantas vezes o Conselho: Soluça sem espreitas
Tu me nutriste de Escombros,
como uma construção erguida para baixo
não era os passos
Vocação de Olhos mais Escuros
quando a mão se abriu
para tocar O céu
Não eram os Passos dos que vieram antes
Sim
Quando a Árvore sem tréguas descer do céu
como saber: Se um homem vem por degraus
no coração da nave submersa nos Seus Olhos,
antes
que a Inquietante fale as Palavras
mas não após o silêncio das Virtudes
indo
ao Encontro das lápides Flutuantes e das Águas
se erguendo para a Sede
e na penumbra oh na Penumbra
de um Encanto
e
da Esfera tombada no Caminho
por Onde ainda Passam os que passaram antes
Na penumbra oh na Penumbra,
enquanto espera a tempestade, a: Tempestade
nos
Repousos
dos
Teus
Passos
Lodo das espécies
As Catedrais de Luzes já foram semeadas
no Centeio Negro
e não te voltas para colher a Sombra
O
Que Ora está ausente
onde murmura Silêncio a Serpente
Agora aquele que aguardou a Alvura
despertou na névoa e sem olhos
Agora, Aquilo se lançou nas Águas e
sem guelras
Nenhum Cílio
desvia o Pó de um homem das Visões
do Florescer
ao Fenecer
da vida,
indo
tu serás o Escombro de Lágrimas
Canto Mais Impuro
O
cantando
Se um Oceano de pedras descesse
uma palavra Não te espera
Reino que Se curva
Quando a Mente, sem espinhos,
torturou Teu Sangue
veio a lágrima
e O orvalho te doou
O Lago
Na Solidão
se tinge o Lodo
Ainda é a carne a Submersa na pedra
que o teu Dom adormece
Estação das seivas
Não era a Infância ainda,
pois foi antes
Instante
sem tempo, O cancelado instante
de Ressurreições
do Pó
enteNoite
ente de murmúrios: uma semente,
apenas Uma bastaria, Escura
Se
no Silêncio de Seivas em que nasceste
o teu Luar acolhesse a serpente
Corpo nu da Demanda profunda
aquele que Tomba,
quando virá à Tona coberto de Cinzas
quando dará às Fontes suas mãos de Encantos em ruínas até
à Seca folha lágrima Raiz da Desfolhada não nascida
quando dirá ao outroO
nascendo do seu Lado Esquerdo com a ferrugem
das Catedrais partidas
- Busca
O ourO Escuro
para onde, para onde
Irá
indo,
indo
com sua imortalidade de lençóis de Alvura: O naufragado em terra,
caminhando sobre águas brancas que não vê
Pó
de despedidas de reencontros de Trevas murmurantes
Pedra de Queda como um fruto; o Fruto O
que alcança a outra margem: Oo
Fervor de Limo
Levanta vôo para baixo
Quando obterá a recusa da Envolvente?
e o Não lhe será um Dom
de Indiferença
que poupará, por Desprezo
que poupará, pelo silêncio
* Adilson Jardim