18 de outubro de 2011

Celebração das noites fatigadas Vicente Franz Cecim

 


há Desesperos circulares, Tu sabes desesperos
como o do animal no Escuro escuro
Girando
contido no Centro que seu giro gera


E a cada giro, Pura
emissão de intensidade busca as margens para Além das margens

E a cada giro, o Não
Escrita de grades: a palavra Dor não é a palavra Sim


Mais um giro, e eis: a Queda
Luz fenecendo
o Centro que des
morona, des
falece em centro Oo


E se esmorece
o Desespero, e se
se apaga: Se sob a pele Negra olhos se ocultam,


na harpa de grades a pausa é breve e não há Música

pois foi escrito no Bosque Sem Ternuras, em nossa Face: Que os olhos que uma vez se
fechem outra vez se abram,

e eles se abrem,
Cílio sem paz se

acende o Desespero


e Testemunha: as Grades permanecem Lá



E se adormece para os Sonos dos Alívios? Sem
remédio Sem
remédio,

porque sonha Grades



ah, tudo oculta em sonhos a Catedral de cinzas


as Margens

o Círculo


e a chave perdida



Animal escuro,
te tornaste o próprio Centro escuro


Tece teus cílios de Hera sagrada
Cintila
nas noites Sonha
com a Alvura



Não sabes que Outro centroO
te Ilumina,

mais Escuro?



há Desesperos circulares, Tu sabes