18 de outubro de 2011

Vozes de Andara } Vicente Franz Cecim

I
ó Árvore de Negros Corais e dos silêncios do Céu


S
ubmerso

em Si como um homem

esquecido pelas paisagen
S


E vagando


Como se um mundo Não existisse
Um mundo não
como um mundo Sim


E convivendo com Ausência e Sombra


Quase deitado na linha do Horizonte, e sem temer a Lâmina, e com os pés pisoteando
estrelas:


dança,


mas não é O Dançarino



II
na via Lenta


este é o caminho das

Grades,

e ouves no fundo da Terra portões de ferro voltando ao pÓ,


como tu



Mas Tu não cumprirás toda a Profecia



Afinal,
não chegaste pela rua da tua Infância? N
ão
tropeçaste na porta da Sede e a Água te ergueu?

Não testemunhas o regresso das árvores nos sonhos da Semente



e
não passa Dentro de ti
a Outra via?


leve



Que
leva
à Leveza Invisível



III
esboçando no Sem Rumo


quando passas, em Si se esconde a Árvore
dos Negros Corais

tu passeias sem Clamor
quem sabe: Até cantes

e o Caminho não é longo

não colheste nenhum fruto,
mas os Corais vão contigo

e teus Passos vão deixando Rumor de treva e água profunda, pois
te seguem, Negros, os Corais


ó Árvore dos Negros Corais

quando passas em Ti
se esconde