16 de julho de 2009

Muro branco das idades

Vicente Franz Cecim



e se vier em ondas, como Lama silenciosa,

não ignora
o Dom da Água

que adormeceu na concha da Tua mão
vazia


e olha, da Face mais alta, esse
fruto escuro com temores de Máscara que se
desprende,

e deixa que passe: é Luz, que caia através de Ti



Não te desvies

Nada pode esse rumor de rio em ruínas
contra

o Limo das ramagens
dos Teus sonhos



Escuta e doa
a Revoada à Ave ausente, alguém celebra a Cerimônia das Sombras
Diante de ti

há um homem, de lado, e um Olho que cintila fechado pelo Sol
que de uma quina do Céu te Eleva,

para que não voltes atrás de Ti


Para que não te Seles

na Catedral do Bosque