12 de março de 2010

Bruno } Lobo do Sonho { Cecim





















Paraense nascido na cidade de Belém, o fotógrafo Bruno Cecim veio ao mundo no ano de 1978. Parte da infância foi passada em Salvador. Na adolescência, estudou um ano em Washington (EUA), mas foi em São Paulo que o fotógrafo começou a trilhar seus primeiros passos no mundo das imagens.
Filho da historiadora Silvia Castelo Branco e do escritor Vicente Franz Cecim, a arte, em suas mais diversas formas, sempre esteve presente na vida de Bruno. O ambiente familiar ainda lhe proporcionou estreita convivência com a arte. Cinema, literatura e artes plásticas sempre foram assuntos de debate dentro de casa. Foi por meio dessas conversas, aliás, que o fotógrafo descobriu o mundo da imagem. Nesse período, contou também com a ajuda do fotógrafo italiano Lamberto Scipioni, de quem foi assistente em São Paulo.
Depois de participar da realização de alguns vídeos-documentários e com o objetivo de trabalhar com direção de fotografia no cinema , Bruno sentiu a necessidade de aprimorar o olhar. A fotografia seria apenas um caminho. A descoberta, no entanto, foi tamanha, que o fotografar agora é tido como sua principal atividade.
Dedicou-se então, ao estudo da fotografia (fez diversos cursos no Senac, Sesc e etc), o fotojornalismo foi a ferramenta escolhida por Bruno para treinar o olhar. Depois, da escolha, o suor. Na agência de notícias Futura Press, Bruno descobriu a possibilidade do olhar rápido, preciso, mas ao mesmo tempo sensível, poético e humano.
Teve fotos publicadas em veículos como Folha de S.Paulo, Correio Braziliense, Diário do Nordeste, Agora São Paulo, Época e IstoÉ!. A arte continua presente no trabalho do fotógrafo que hoje faz parte do grupo de repórteres fotográfico do jornal Cruzeiro do Sul www.jcruzeiro.com.br em Sorocaba.
Seu trabalho é conhecido em diversas partes do país. Prova disto,foi o convite que recebeu para participar da mostra Foto Retrospectiva - 2007, organizada pela Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de São Paulo (Arfoc-SP), no Memorial da América Latina . A foto escolhida foi "Compaixão" , publicada em matéria sobre o enterro de adolescentes que foram vitimas de uma chacina na cidade de Votorantim (interior de São Paulo).
Foi esta visão diferenciada que rendeu a ele três vezes o Prêmio ASI de Direitos Humanos, conferido pela Associação Sorocabana de Imprensa. As fotos premiadas foram “Protesto por moradia” (2006), “A longa estrada do saber” ( 2007) e “Marcas nazistas na região" (2009).

http://www.brunocecim.com.br/blog/

Quem



para Samuel Beckett, no Oásis


por que entreabrir a Fenda
dos
Lábios de Murmúrios?

Quem
antes de ti depositou o

Ovo: no Oásis

te prometeu a Inesperança
e o Céu na Pedra
de um dia
depor aos teus pés

os Frutos de Silêncio as
coisas Turvas
que ainda não nasceram
e nunca nascerão?

então,
por Quem entreabrir a Fenda os Lábios

de Murmúrios

os


Vicente Franz Cecim

Kafka: Impaciência & Paraíso


Por impaciência fomos expulsos do Paraíso,
por impaciência não retornamos a ele.
Franz Kafka/Desenhos

Castoriades: Para escapar da miséria psíquica

Bruno Cecim: Flores Vivas


O que se requer é uma nova criação imaginária, de uma importância sem precedentes no passado, uma criação que ponha no centro da vida humana outras significações, e não apenas a expansão da produção e do consumo, que proponha objetivos de vida diferentes, e que possam ser reconhecidos pelos seres humanos como valendo a pena. {...} É essa enorme dificuldade que temos de enfrentar. Deveríamos querer uma sociedade na qual os valores econômicos deixasse de ser centrais, ou únicos, em que a economia fosse colocado no seu lugar, como simples meio de vida humana e não como seu fim último, uma sociedade na qual se renunciasse a essa corrida alucinada em direção a um consumo cada vez maior. Isso é necessário não só para evitar a destruição definitiva do meio ambiente terrestre, mas também, e sobretudo, para escapar da miséria psíquica e moral dos homens contemporâneos.



Cornelius Castoriades,
La montée de l'insignifiance
A ascenção da insignificância