
A colheita das paisagens
Para descer o céu à terra num antro mais cheio de murmúrios
aquilO
que morre nas flores
canta
um Rumor de luz
Eu escuto, na Residência da Semente Branca daqueles que tiveram o pé esquerdo devorado por ovelhas
Eu nutro: os caminhos apagados
Eu nutro: a mais antiga, a Visão que veio ao encontro dos que vão
em busca
da espera de Si mesmos
Eu não sou a semente
de uma intensidade nua de espinhos, eu não sou
Eu não sou

Fonte das constelações
Sem semear ossos no fim da tarde
e vindo ao encontro dos teus olhos no Caminhos das espreitas,
eu busco
o segredo luminoso
da
Tua
Água
Soprando as cinzas,
mais humano que o Limo
Este é o Passo de Sombras
Esta é a Noite em que o céu virá beber nosso rumor de terra
Aqui
Eu espero
