10 de setembro de 2008

Paisagem e Fonte Vicente Franz Cecim

















A colheita das paisagens



Para descer o céu à terra num antro mais cheio de murmúrios

aquilO

que morre nas flores
canta
um Rumor de luz


Eu escuto, na Residência da Semente Branca daqueles que tiveram o pé esquerdo devorado por ovelhas

Eu nutro: os caminhos apagados
Eu nutro: a mais antiga, a Visão que veio ao encontro dos que vão
em busca

da espera de Si mesmos


Eu não sou a semente
de uma intensidade nua de espinhos, eu não sou


Eu não sou













Fonte das constelações



Sem semear ossos no fim da tarde
e vindo ao encontro dos teus olhos no Caminhos das espreitas,

eu busco
o segredo luminoso
da
Tua
Água

Soprando as cinzas,
mais humano que o Limo


Este é o Passo de Sombras
Esta é a Noite em que o céu virá beber nosso rumor de terra



Aqui

Eu espero