4 de setembro de 2008

Vicente Franz Cecim: Biobibliografia











O AUTOR & A OBRA




Vicente Franz Cecim nasceu na Amazônia, em Belém do Pará, no Brasil.
No caldeirão de uma escritura em absoluta liberdade, a literatura como alquimia abole as fronteiras entre a prosa e a poesia, funde o natural e o sobrenatural, o profano ao sagrado, e se lança em intensa busca do sentido metafísico do ser e da vida. Em 1979, com A asa e a serpente, iniciou uma longa obra que até hoje continua criando: Viagem a Andara, o livro invisível, em que transfigura a sua região natural, a Amazônia, em Andara: uma região-metáfora da vida em que o sobrenatural emerge em epifania. É onde ambienta todos os seus livros. Andara sendo a Amazônia vista com olhos mágicos, como já foi dito, também é literatura fantástica, mas à medida que individualmente os livros visíveis de Andara vão sendo escritos, deles surge o livro invisível, que já é literatura fantasma, segundo o autor, o não-livro, que não é escrito: corpo de um corpo que se sonha. Em 1980, o segundo livro individual de Andara, Os animais da terra, recebeu o Prêmio Revelação de Autor da Apca – Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 1981, A noite do Curau, primeira versão do terceiro livro de Andara, Os jardins e a noite, recebeu Menção Especial no Prêmio Plural, no México. Em 1988, Viagem a Andara, o livro invisível (Editora Iluminuras, São Paulo) reunindo os 7 primeiros livros de Andara recebeu o Grande Prêmio da Crítica da Apca. Em 1995, Cecim publicou Silencioso como o Paraíso (Iluminuras, São Paulo) reunindo mais 4 livros individuais de Andara. Em 2001, quando a invenção de Andara completou 22 anos, publicou Ó Serdespanto (Íman Edições, Lisboa) com 2 novos livros de Andara, apontado pela crítica portuguesa como um dos melhores livros do ano. Em 2004 relançou, em versões finais, transcriadas, os 7 primeiros livros de Andara reunidos nos volumes A asa e a serpente e Terra da sombra e do não (Editora Cejup, Belém). Em novembro de 2005, publicou seu primeiro livro em Iconescritura, também em Portugal: K O escuro da semente(Ver o Verso, Maia). Em 2006, saiu a edição nacional de Ó Serdespanto (Bertrand Brasil, Rio). Por ocasião da publicação dos seus primeiros livros, o autor declarou: Prefiro interrogar os limites e a existência da própria literatura. E insinuar, para além da literatura fantástica, o advento de uma literatura fantasma. E, em recente entrevista, disse: O natural é sobrenatural, o sobrenatural é natural. Foi o que o Andara me revelou. Já não faço Literatura: faço Escritura. O passo mais recente de Cecim em Andara, através da carência das palavras, que o levou a eleger a forma híbrida de escritura e imagem que denominou Iconescritura, resultaram também os livros oÓ: Desnutrir a pedra, lançado pela Tessitura em 2008, e o inédito Breve é a febre da terra.


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vfcecim@hotmail.com